O debate que vai marcar 2010, será o trabalho que a Wikileaks, está a fazer e quais as suas intenções, e parece que as democracias ocidentais debatem de novo a liberdade de expressão e de informação, que parecia esquecida desde a II Guerra Mundial, salvo algumas excepções. Este lado do debate que fala da liberdade de expressão, parece que está virado contras as sociedades livres e democráticas e esquece-se daquelas que são mais repressivas, onde este debate nem era possível, nem o site Wikileaks é acessível.
O que deveria estar em debate, é os segredos que foram roubados, e os problemas às relações bilaterais que existem entre as nações do mundo (como dizia e bem José Manuel Fernandes no seu artigo de opinião do Público de Sábado passado), e qual o futuro para estas, e mesmo de algumas organizações internacionais, como é o caso da NATO, e alguns dos acordos conseguidos em Lisboa (como é o caso do acordo NATO-RÚSSIA, que levaram anos a ser conseguidos. Será que estas revelações levarão a uma nova Guerra Fria de dimensões ainda maiores. Também deveria estar em debate se esta revelação tem um missão política ou uma missão de liberdade, quais os financiadores e em que moldes funciona esta organização, até hoje desconhecidos.
Não sou contra a missão do Wikileaks, mas tenho dúvidas em relação a muitas coisas que o fazem funcionar, apesar disso quer queiramos, quer não, o Wikileaks e Julianne Assange (e a sua equipa) estão a mudar o mundo, do jornalismo, das relações diplomáticas e do modo como vemos o poder no mundo, a pergunta que fica é: "Qual será o futuro para estes tópicos...?
IMAGEM: Wikileaks
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